Rali Sport Rota do Dão
Super User

Rali Sport Rota do Dão

É o preço dos bens essenciais...

É o preço dos bens não essenciais...

É o preço do próprio preço...

E agora é também o preço que nós todos temos que pagar ao ver o que andam a fazer do desporto que tanto gostamos...

Sentimo-nos tristes, não só por aquela história do preço que mencionámos, mas essencialmente pela entrega nua e crua da verdade desportiva aos interesses comerciais...

È que agora, não é bem quem têm a melhor performance desportiva que pode vencer...

Primeiro e antes de serem publicadas as classificações, sentam-se os pilotos, os directores de equipa, os relações públicas e os “donos do dinheiro” e alegremente ensaiam farsas de penalizações, falsas partidas e chegadas e “um dó li tá, cara de amendoá, agora ganhas tu e amanhã ganho eu....”

E...

Empregado nº1

”Pera lá não tinham prometido que eu é quera campeão???

Tás a ver...é q’ eu disse à rapaziada para encomendarem os rissóis e o tintol prá festa...!!!

E agora tá tudo Fo..........do!!!”

Empregado nº2

“Pracaso até tens razão...mas o qu’ é que tu queres... entusiasmei-me e não consegui parar a tempo de penalizar...

Mas na te rales que lá em cima, pla fresquinha a gente resolve esta merda....

Eu até vim só pra dar uma ajudinha...mas sem querer passei-me da carola e desatei pra’ qui a ganhar merdas...

Mas somos todos amigos...tásse bem!!!

Patrão

“Escreve aí prós jornalistas que almoçam ca gente que tá tudo bem e continuamos todos a dormir na mesma cama...tá tudo calmo”

Escriba

“Escrevo tudo ou deixo alguma coisa pra eles escreverem...

É q’ ueles são danados prá brincadeira!!!

Três semanas depois

Empregado nº1

“ Porra prá merda do turbo...acho que este foi em segunda mão...

Acho é que já estão a dar o melhor material ao outro...”

Patrão

“Agora como é que se vai resolver esta cagada...

O melhor é perguntarem ao gajo do Toyota se ele não se importa de ganhar isto que a nós não nos dá muito jeito...

E, pró ano ele já cá não mora, portanto não ficamos a dever népia...”

Empregado nº 2

“Apetecia-me algo.... Talvez  mesmo, ganhar esta merda...

Era como limpar o cu a meninos”

Escriba

(Por entre lágrimas de emoção)

“E surpresa das surpresas... o Patrão e o Empregado nº2 deram uma prenda ao Empregado nº1”

E, agora... vai morrer longe !!!!

Não perca no próximo ano, novos episódios desta incrível auto novela patrocinada por todos os parvalhões que ainda acreditam que é com esforço e dedicação que se obtém a glória.

 

E, depois do habitual desabafo, quase que não nos apetece escrever sobre os aspectos desportivos, pois quase que estamos convencidos que já existe resultado, antes do jogo ser realizado.

Mas, esta última prova do ano foi, pelo aspecto negativo, pródiga em acontecimentos.

Classificativas anuladas a pedido, porque os pneus estão frios e não estão reunidas dessa forma condições de segurança para os pilotos prioritários (4ª PEC).

Ao que nós chegámos.

Em 1985 com um Fiat Uno 55 S fomos o 5º classificado do Campeonato de Grupo N com 6 pneus MABOR Winterjet que fizeram a época toda....

Erros vários de uma organização que precisava essencialmente de ser “organizada”, etc, etc, etc...

Nesta última prova Rui Madeira entrou ao ataque, querendo despedir-se em beleza deste Nacional, e ganhou todas as classificativas da 1ª secção

Assim no final da 1ªsecção detinha um avanço de cerca de 17 s sobre o Peugeot de Miguel Campos.

Pedro Chaves era terceiro e Adruzilo mantinha o quarto lugar, que chegava e sobrava para vencer o Campeonato.

Vítor Lopes colocava o Saxo Kit Car em 5º lugar bem à frente de toda a concorrência da Fórmula 3, e no agrupamento de produção Pedro Dias da Silva liderava.

Nos troféus, Armindo Araújo comandava o Troféu Saxo, Mex era o lider do Troféu Punto e Pedro Leite conseguia liderar a “armada dos suicidários yarianos” no Troféu Yaris.

Victor Calisto era 54º da geral e liderava o grupo dos veículos da classe 5 que habitualmente disputam o Nacional de Ralis (saúda-se o regresso do recém raptado Aires Pereira, que reapareceu inteiro, “graças a Deus” – fonética Brasileira).

Na 2ª secção acabou-se a “Energia” ao Rui Madeira que deixou de fazer parte da lista de participantes, acabando assim ingloriamente mais cedo, a prova que preparou para ganhar, deixando Miguel Campos no comando, seguido de Pedro Chaves e Adruzilo Lopes.

Vítor Lopes continuava no comando da Fórmula 3 e Pedro Leal recuperava tempo a Pedro Dias da Silva na luta pelo comando da Produção.

A três classificativas do fim, deu-se o golpe de teatro quando, o bem / mal amado piloto da Peugeot, outrora no “Olimpo” e agora “Terreno de Segunda Escolha”, Adruzilo Lopes, desistiu com uma avaria irreparável no Turbo, obrigando os homens da marca do Leão a horas extraordinárias na aula de matemática para decidirem quem dá e tira o quê e a quem...

E, no meio destas confusões todas, em que Pedro Chaves ia estragando as contas, não querendo ganhar na secretaria, acabou ao findar do dia na feira de S. Mateus em Viseu, o Rali Sport Rota do Dão de má memória.

Pedro Chaves foi obrigado a ganhar (e o rapazinho até nem queria), Miguel Campos foi segundo (para o outro ser primeiro) e Fernando Peres, sem ninguém dar por ele, com um carro mais que desactualizado, foi terceiro e subiu ao lugar mais baixo do pódio.

Vítor Lopes foi 4º e venceu a Fórmula 3, e Pedro Leal, parecendo ter-lhe tomado o gosto foi 5º e venceu a Produção.

Armindo Araújo foi o mais rápido do troféu Saxo, sendo também o vencedor deste troféu.

No troféu Fiat Punto, Mex venceu, mas o troféu viajou para o Algarve pois o vencedor final foi o António Gago.

Para não ficar atrás da família, Pedro Peres, venceu, após prolongada e desnecessária polémica, o Troféu Yaris, que já conhecera o seu vencedor final no último Rali de Algarve e que não se quis despedir desta última prova sem destruir o seu automóvel.

A Calisto Corse Equipe e o seus pilotos Victor Calisto / António Cirne terminou mais uma prova, fazendo o pleno nas provas de asfalto deste Campeonato, em 42º da geral e mantendo-se sempre liderando os “habitués” da classe 5 nacional.

Por este ano, e por agora já chega...

Para o ano há mais...

Esperemos!!!...

Mas, se houver, que seja melhor, mais verdadeiro, mais igual, mais atraente, mais....

Mais... o desporto automóvel que sempre conheci...

Vamos ser mais.... a empurrar...

Bora Lá...

Victor Calisto